ATAI e UFMT buscam retomar convênio para oferta de estágio obrigatório para estudantes de psicologia

A Assessoria Técnica de Assuntos Interdisciplinares (ATAI) da Defensoria Pública de Mato Grosso recebeu professores do curso de psicologia da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), em duas reuniões este mês, para que as instituições retomem a execução do Convênio 73/2017. O documento trata do encaminhamento de estudantes, pela universidade, para estágio não remunerado e obrigatório supervisionado. 

Com a retomada do convênio, os estudantes terão oportunidade de usar o ensino teórico de forma prática, vivendo situações reais em que possam aplicar conhecimentos, habilidades e técnicas, sob orientação das profissionais da ATAI. Paralelo a isso, os cidadãos atendidos pela Defensoria Pública, poderão contar com a atuação desses estudantes, a princípio, nos Núcleos Cíveis Integrados.

“Até o momento tivemos duas reuniões para definir como inserir os estudantes na prática do estágio. A ideia é que os estagiários de psicologia atendam a demandas ligadas ao campo sociojurídico, mas que ultrapassam o campo específico do direito, atuando em temas transversais e interdisciplinares. Nas primeiras conversas, definiu-se que os estudantes da primeira fase de retomada estarão cursando as disciplinas de Estágio Supervisionado Específico (ESE) I, II, III ou IV, as últimas de estágio do curso. É uma experiência de troca de muito interesse para todas as partes, tanto a Defensoria quanto a Universidade, tanto docentes quanto discentes, tanto profissionais quanto assistidos”, afirma a analista psicóloga da ATAI, Vânia Menezes.

Vânia lembra que o convênio vale para todos os cursos da UFMT, mas as reuniões trataram especificamente do interesse do curso de psicologia. “A princípio, se as professoras conseguirem fechar turma, a ideia é que atuem a partir do próximo semestre”, informa. Ela lembra que, ela e a colega Sirlene Ribeiro, estagiaram na Defensoria Pública por meio desse convênio, feito pela primeira vez em 2012. 

A analista explica que a ATAI atua na Defensoria Pública com assessoramento estratégico, em demandas coletivas, projetos e questões mais institucionais. E também assessorando o atendimento em casos pontuais, por exemplo, casos complexos de cidadãos que demandam articulações delicadas com a família, com a rede pública de saúde, com a rede de assistência social ou ainda, com todas elas juntas, nos Núcleos. A ATAI é formada por psicólogas e assistentes sociais.

“Dizemos que é um assessoramento porque somos uma equipe pequena e não temos quantitativo suficiente para atender a todos os casos que precisam. Os estagiários virão nos ajudar nesses trabalhos, numa troca sempre muito frutífera: eles costumam dizer que aprendem muito conosco, no cotidiano de nosso trabalho e estudos realizados em equipe interdisciplinar. Para nós é um privilégio poder contar com estudantes com ótima formação, que estarão sob a supervisão acadêmica de professores altamente qualificados e comprometidos com o desenvolvimento de seus alunos”, afirma Vânia. 

Participaram da reunião o defensor público de segunda instância, Marcos Rondon Silva, a analista psicóloga da ATAI, Sirlene Guimarães Ribeiro e os professores doutores do Departamento de Psicologia, Vera Blum, Paola Biasoli e Silas Monteiro.