O defensor público Marcos Rondon, coordenador do Grupo de Atuação Estratégica em Direitos Coletivos (GAEDIC) da Saúde Mental da Defensoria Pública, participou da audiência pública sobre saúde mental materna e se comprometeu a levar o tema para dentro da instituição, visando aprimorar o atendimento ao público.
De acordo com ele, é fundamental aprender sobre essa temática para que o órgão possa atuar adequadamente em diferentes situações envolvendo saúde mental no estado. “É necessário ter um olhar diferenciado sobre a saúde mental materna. Discutir esse assunto em uma audiência pública é uma oportunidade de aprender e aprofundar nossa compreensão sobre o adoecimento mental na maternidade. Precisamos nos preparar, entender o que isso significa para melhorar nosso atendimento, acolher e ouvir esse público de forma mais sensível”, disse o defensor.
O tema foi debatido em audiência pública na Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), no âmbito da campanha "Maio Furta-cor: Saúde Mental Materna Importa", requerida pelo deputado Thiago Silva (MDB). O objetivo do debate foi investigar a atual situação da saúde mental das mães no estado.
“Este movimento em Mato Grosso, da campanha ‘Maio Furta-cor: Saúde Mental Materna Importa’, começou no município de Rondonópolis com o intuito de debater a saúde mental materna, que infelizmente enfrenta desafios significativos, como casos de depressão e ansiedade, durante e após a maternidade. Coletamos informações, sugestões e opiniões de mães e do Conselho Estadual de Psicologia, para que possamos oferecer encaminhamentos dignos a esse público”, enfatizou Thiago Silva.
Camila Branco, psicóloga e responsável pela campanha em Rondonópolis, explicou que o movimento surgiu para conscientizar e sensibilizar a população sobre a necessidade de desenvolver ações comunitárias e políticas públicas que apoiem as mulheres na vivência da maternidade e do puerpério.
“A campanha visa mostrar e ajudar as mulheres a encontrar maneiras de lidar com a maternidade da forma mais leve possível, garantindo o acesso aos seus direitos e os de seus filhos, sem sobrecargas ou cobranças, que podem levar ao adoecimento e prejudicar a relação entre mãe e filho, assim como com a sociedade. Durante o puerpério, a mulher fica mais vulnerável ao desenvolvimento de depressão pós-parto. Muitas vezes, essa condição pode se intensificar e evoluir para uma psicose”, explicou Camila.
A campanha "Maio Furta-cor: Saúde Mental Materna Importa" nasceu em 2020, a partir do diálogo entre uma médica psiquiatra e uma psicóloga em Curitiba, devido à necessidade de um foco na saúde mental materna, especialmente no contexto da pandemia e no pós-pandemia. "Furta-cor" é uma tonalidade que muda de acordo com a luz, simbolizando a maternidade, que reflete como cada mulher se sente em sua experiência.
