Defensor que atua em Colíder participa da cerimônia de graduação de 51 alunos da Guarda Mirim

O defensor público que atua na comarca de Colíder, 632 km de Cuiabá, Claudiney Serrou, participou da cerimônia de graduação de patentes de hierarquia militar de 51 alunos do Centro de Formação Mirim “Cidadão do Futuro” (Guarda Mirim), associação civil, sem fins lucrativos, que complementa gratuitamente a formação escolar de até 200 crianças e adolescentes, por ano. No local, eles recebem formação militar, moral, profissional e ética. 

O projeto social, que existe há 29 anos e já formou 7 mil crianças e adolescentes carentes, conta com a parceria de órgãos públicos, da sociedade, da Prefeitura local, de voluntários e é descrito como sendo isento de corrente ideológica, de vínculos com religião e mesmo de uma estrutura rígida de comando. “É um projeto solidificado na cidade de Colíder que a Defensoria Pública faz questão de apoiar e incentivar, pois forma crianças e adolescentes por meio de valores, princípios e disciplina, num momento importante do desenvolvimento deles”, avalia o defensor. 

Serrou afirma ainda que a formação é importante como ação preventiva contra crimes e infrações. “A iniciativa é muito importante também no campo da prevenção, pois evita que esses adolescentes partam para a prática de atos infracionais. É tão bonito quando participamos das reuniões e vemos os adolescentes felizes, realizados e com objetivos de vida. Eles têm esperança, vontade de crescer e serem pessoas que vão ajudar a comunidade onde vivem”, avalia Serrou.

Podem participar do projeto meninas e meninos a partir de 7 anos, que podem ficar nele até os 16 anos. Nesse período, eles passam pela formação de soldado, com duração de um ano, depois a de monitor, cabo, terceiro-sargento, segundo-sargento, subtenente e tenente. E durante esse período, podem fazer cursos profissionalizantes de informática e inglês básico, por exemplo.  

Ao final da formação, os alunos podem continuar na entidade como voluntários veteranos, caso desejem. Mas, a maioria, segue para o mercado de trabalho local, explica a auxiliar administrativa do Centro de Formação, Rosana de Paula. Ela lembra que a população da cidade valoriza e apoia o projeto pelos resultados. 

“A procura por nossa formação é muito grande, mas, não fazemos processo seletivo. Atendemos aos que nos procuram até o limite de vagas. E muitos, já antes de sair, vão para o Pequeno Aprendiz e começam trabalhar. Um mercado daqui selecionou cinco funcionários este ano, a partir de nossos currículos”, informa. 

O Centro de Formação foi criado em 1994 e oferece formação moral, cívica e intelectual em horário complementar ao da educação regular, o projeto é mantido com o apoio de empresários, por meio de doações, de órgãos públicos e do Município, que custeia principalmente a folha de pagamento dos funcionários.