Na tarde desta terça-feira (30), a Defensoria Pública (DPMT) participou da solenidade de entrega do Espaço de Acolhimento da Mulher UPA Verdão, na Secretaria da Mulher, em Cuiabá.
O espaço na Unidade de Pronto Atendimento (UPA), no bairro Verdão, vai funcionar 24 horas, inclusive nos fins de semana e feriados, para atender vítimas de violência.
A defensora pública Rosana Leite, coordenadora do Núcleo de Defesa da Mulher (Nudem), representou a DPMT no evento.
"Tendo esse espaço de acolhimento, as mulheres se sentem mais amparadas para quebrar o ciclo da violência", pontuou a defensora.
A equipe será composta por 13 profissionais - quatro psicólogas, cinco assistentes sociais, e quatro servidores para os trabalhos administrativos.
A unidade terá capacidade de atendimento para 18 mulheres, sendo cinco para os primeiros atendimentos e 13 para os serviços psicológicos.
A cerimônia contou também com a presença de representantes do Ministério Público, Polícia Militar e da primeira-dama de Cuiabá, Márcia Pinheiro.
"Quero cumprimentar a Dra. Rosana, nossa parceira, sempre dando sugestões para que possamos melhorar cada vez mais o combate à violência contra a mulher", destacou a primeira-dama.
Na cerimônia, Márcia Pinheiro afirmou que a Prefeitura planeja construir, em breve, espaços semelhantes em todas as policlínicas e UPAs de Cuiabá.
A unidade do Verdão é a segunda desse tipo na capital. O primeiro Espaço de Acolhimento da Mulher foi inaugurado pela Prefeitura em julho de 2020, no Hospital Municipal de Cuiabá (HMC).
De acordo com a Prefeitura, foi a primeira unidade do Brasil voltada ao atendimento da mulher vítima de violência, dentro de uma unidade pública de saúde, onde são oferecidos serviços de psicologia, psiquiatria, assessoria jurídica e suporte social.
Em quatro anos, foram mais de 25 mil atendimentos, com 1.700 mulheres passando pela unidade.
As vítimas que procuram o espaço de acolhimento são atendidas de três formas: 1) encaminhadas pelas delegacias especializadas; 2) procura espontânea; 3) atendimento emergencial.
Segundo a secretária da Mulher, Cely Almeida, a abordagem do atendimento nesse espaço deve ser humanizada, especialmente após episódios de violência, quando as mulheres se encontram vulneráveis, submetidas a estresse físico e mental.
"Este espaço não é apenas uma estrutura física, mas um refúgio seguro e acolhedor para ajudar as mulheres a superar as situações de violência", frisou Cely.
No ano passado, o presidente Lula sancionou a Lei 221/2023, que garante o espaço de acolhimento para a mulher no Sistema Único de Saúde (SUS) em todo o país.