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MARCHA HISTÓRICA


Defensoria Pública de Mato Grosso celebra parceria e compromisso com a comunidade trans

Durante o evento que aconteceu em Cuiabá, a Defensoria abriu um processo de ratificação de nome e mudança de gênero

Por Mariana Baleeiro
21 de de 2024 - 15:42
Isabela Mércuri Defensoria Pública de Mato Grosso celebra parceria e compromisso com a comunidade trans


A Defensoria Pública de Mato Grosso esteve presente na primeira Marcha da Visibilidade Trans do estado que aconteceu em Cuiabá na última semana. O evento reuniu centenas de pessoas, ativistas e defensores dos direitos humanos em uma manifestação pública em celebração e reivindicação de direitos. Durante a marcha, a Defensoria abriu um processo de ratificação de nome e mudança de gênero. 

A defensora pública Rosana Leite, coordenadora do Núcleo de Defesa da Mulher da DPMT, destacou a importância da luta trans e reafirmou o compromisso da Defensoria em defender e proteger a comunidade trans em Mato Grosso. “As maiores demandas são ainda mudança de gênero. Até agora já tivemos seis pedidos de atendimento de mudança de nome e gênero no começo da marcha, eles e elas confiam na Defensoria Pública. Sempre iremos até essa população que sente uma enorme dificuldade de buscar o poder público pelas inúmeras discriminações e preconceitos que já passaram e ainda passam”, disse Rosana. 

Julian Tacanã, coordenador do Instituto Brasileiro de Trans Masculinidade afirmou que a Marcha da Visibilidade Trans de Mato Grosso não foi apenas um evento, mas sim um símbolo de resistência e empoderamento para toda a comunidade trans do estado. Os participantes celebravam não apenas a visibilidade, mas também a luta por direitos iguais e por uma sociedade mais inclusiva e justa. 

“O papel que a Defensoria faz não só na luta dos direitos sociais da saúde, mas também na retificação de nomes de gênero é essencial pra nossa população”, ressaltou Tacanã. 

O tema da Marcha Trans desse ano é a luta por um Sistema Único de Saúde (SUS), trans inclusivo. “É muito importante a presença da Defensoria. É uma parceira que tá aí com a gente lutando arduamente com ambulatório trans de fato começar a atender as pessoas trans e travesti, porque de fato hoje tem a estrutura, porém ainda não está em atendimento”, continuou Julian. 

“Existe situações em que o seguimento trans é esquecido, como por exemplo na saúde. Precisamos do primeiro ambulatório, que já é uma demanda antiga da Defensoria Pública, mas precisamos de atenção”, concluiu Rosana Leite.