A Defensoria Pública de Mato Grosso, em parceria com a Associação dos Usuários de Transporte Coletivo de Mato Grosso (ASSUT-MT), iniciou nesta segunda-feira (27) um trabalho de conscientização sobre a aplicação da lei da “Parada Segura”, sancionada em 2015, em Cuiabá, e que obriga condutores dos ônibus das empresas concessionárias do serviço de transporte coletivo urbano a parar o veículo para as mulheres após as 21h, em qualquer local seguro, mesmo que o ponto desejado não seja uma parada regulamentada.
Na ação desta segunda-feira, realizada na Estação da Praça Ipiranga, no Centro da Capital, também foi aplicado um questionário, destacando a necessidade de toda a sociedade se unir na luta contra o assédio e na promoção de espaços mais seguros para as mulheres. Os resultados obtidos através do levantamento deverão servir de base para a implementação de novas ações de enfrentamento a este tipo de crime.
"Nós precisamos conversar muito dentro das escolas, dentro de casa com nossos filhos e filhas, para no futuro termos uma sociedade melhor. É muito triste e estarrecedor sentir que nós, meninas e mulheres, crescemos envoltas a tantas violências. Nós não conseguimos enxergar um mundo melhor se nós não pensarmos em mudanças. A mudança parte de políticas públicas e ações como essa, para conhecermos de fato a realidade", destacou a defensora pública Rosana Leite, coordenadora do Núcleo de Defesa da Mulher da Defensoria Pública de Mato Grosso. A defensora pública Olzanir Carrijo também acompanhou a ação.
A Lei nº 5944/2015, nomeada de “Parada Segura”, visa resguardar a segurança da mulher que usa o transporte público e alternativo (autorizado pela Prefeitura de Cuiabá). Pela norma, qualquer pessoa do sexo feminino, de qualquer idade, pode solicitar que o motorista pare em um lugar mais seguro, dentro da rota, para que ela realize o embarque ou desembarque das 21h às 5h Os ônibus da capital possuem adesivos avisando da lei, mas muitas mulheres ainda não sabem que há a possibilidade de pedir por. parada fora do ponto.