O Núcleo da Defesa da Mulher (Nudem) da Defensoria Pública de Mato Grosso e outras sete instituições querem saber como é feito o atendimento à mulher na rede pública de saúde estadual. Qual o fluxo dos atendimentos, se há monitoramento, se existem indicadores e como anda a proteção à mulher nos serviços: obstétricos, em casos de aborto legal e em saúde sexual, estão no foco de atenção das entidades.
O pedido de informações será feito por meio de documento, encaminhado ao Governo do Estado. Nele, as instituições também farão sugestões para aperfeiçoar o atendimento, com base em reclamações feitas pelas usuárias do sistema.
A iniciativa foi definida em reunião na tarde desta terça-feira (1.10), após representantes do Ministério Público, dos Conselhos Estadual e Municipal dos Direitos das Mulheres, das Secretarias Municipal e Estadual da Mulher e da Secretaria de Estado de Assistência Social e Cidadania (Setasc) conversarem sobre reclamações relacionadas ao tema, feitas por mulheres.
“Em março deste ano tivemos uma roda de conversa com as mulheres que fazem uso do sistema público de saúde e ali, ouvimos muitos relatos de violência obstétrica, de falta de cumprimento de regras legais relacionadas ao direito do acompanhante, do não cumprimento da lei, quando se trata de aborto legal, entre outros vários problemas, então, além de querer saber como o serviço é prestado, queremos apresentar sugestões”, informou a coordenadora do Nudem, Rosana Leite.