Autismo - O TEA não é considerado doença, mas, desde 2012 a pessoa diagnosticada com o transtorno é considerada portadora de deficiência e detentora de todos os direitos garantidos na Lei 12.764/2012, conhecida como Berenice Piana. O autismo é descrito como uma condição de desenvolvimento cerebral percebido por meio de comportamentos repetitivos e restritivos, com diferentes reações a estímulos ambientais, principalmente, luz e som.
Existem três níveis de autismo, o leve, o moderado e o severo e as manifestações do transtorno se manifestam em cada pessoa de uma forma peculiar. Quanto mais cedo diagnosticado e tratado, melhores são os avanços cognitivos do portador do transtorno.
Dados - O representante da Associação dos Amigos do Autista de Mato Grosso (AMA), Alexandre Soledade, explica que o autismo foi descrito como transtorno pela primeira vez, no mundo, na década de 40. E que, somente em 2022 o Censo do IBGE questionou sobre a presença de autistas nos lares, sem especificar o transtorno.
“O transtorno só foi diagnosticado há poucas décadas, então falta conhecimento da população sobre ele e seus sintomas, tanto quanto faltam dados. O IBGE incluiu a pergunta sobre deficiências no último Censo e incluiu o transtorno nesse bojo. Segundo o Instituto, em Mato Grosso 9.3% da população têm algum tipo de deficiência que merece atenção, ou seja, nesse índice tem de tudo, problema mental, físico e transtornos. Sobre o autismo falta fazer muito”, avaliou.
Soledade afirma, no entanto, que mudanças bruscas passaram a ocorrer em 2013, após a publicação do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM5). O manual foi criado pela Associação Americana de Psiquiatria (APA) para padronizar os critérios diagnósticos dos problemas que afetam a mente e as emoções.
“Além da identificação da patologia, o DSM 5 auxilia na prescrição do tratamento, pois traz informações sobre o comportamento esperado durante as crises. Ele serve tanto para médicos, quanto para a família se situar. A quantidade de condições reunidas no DSM 5 ultrapassa 300 doenças e transtornos mentais”, conclui.
Participaram do evento representantes dos órgãos do sistema de Justiça, das universidades públicas e privadas, representantes de órgãos do Executivo estadual, municipal, de associações, a sociedade civil organizada e os interessados no tema. Para assistir o evento na íntegra acesse o link abaixo.