A Administração Superior da Defensoria Pública de Mato Grosso ouviu defensores públicos, na manhã desta segunda-feira (27.11), em reunião virtual sobre o uso de tecnologias inovadoras e Inteligência Artificial nas atividades dos profissionais do sistema de justiça. Além de debater o tema, o encontro coletou sugestões para criar programas que associem eficácia, qualidade e rapidez no atendimento ao cidadão, por meio de inovações tecnológicas.
A defensora pública-geral, Luziane Castro, responsável pela condução dos trabalhos, avalia que o caminho do uso de inovações tecnológicas na área jurídica é imprescindível e defende que a Defensoria Pública de Mato Grosso participe do movimento, não como espectadora, mas como protagonista.
“Tivemos uma palestra com o consultor de uma empresa de inovação, a Gartner, e falando sobre a Inteligência Artificial (IA) e como essa nova tecnologia está revolucionando o sistema de Justiça, pensamos nessa reunião para buscar sugestões de defensores e defensoras para fazermos um sistema com entrega prevista para o próximo ano. A ideia é ouvir as necessidades diretas dos profissionais para que possamos construir um sistema que atenda às nossas necessidades e facilite nosso atendimento ao cidadão”, disse.
A defensora pública recém chegada na DPMT e responsável pelas comarcas de Nova Monte Verde e Apiacás, Renata Ferreira da Silva, já atuou como defensora em outro estado e afirma que vê diferença em como a Defensoria de Mato Grosso se ocupa com a implementação de novas tecnologias e práticas modernas para gerenciar processos. “Isso possibilita a inclusão cada vez maior do cidadão que atendemos, de modo a possibilitar o acesso dele, com maior facilidade e rapidez, à Defensoria”.
Renata avalia que é nítido que a administração está empenhada em conscientizar sobre a importância do uso de novas ferramentas, na busca de um trabalho eficaz, preciso e transparente, conforme suas palavras.
O vice-presidente da Escola Superior da Defensoria Pública, Fernando Soubhia, avalia que o uso de inteligência artificial contribuirá tanto para a eficiência no atendimento ao público quanto para a melhoria da qualidade das manifestações processuais. "Mais do que isso, esses instrumentos têm a capacidade de análise de dados em velocidade e volume antes impossíveis. Isso permitirá, se usado corretamente, a ampliação do acesso à justiça com ações que vão desde análises de jurimetria até a participação efetiva da Defensoria Pública na formulação de políticas públicas de interesse dos vulneráveis. O objetivo central, como sempre, será o de melhoria dos serviços públicos prestados pela Defensoria".
Para o defensor Nelson Gonçalves de Souza Júnior, que atua em Primavera do Leste e Poxoréu, a reunião “Inovação em pauta” mostrou-se adequada e desafiadora.
“O ponto alto da reunião para mim foram os debates em torno de ações para criar meios de acesso virtual aos usuários dos serviços da Defensoria e a aplicação da IA, que certamente promoverão o bem-estar dos usuários e a prestação de um serviço de excelência às pessoas e grupos em situação de vulnerabilidade. A adoção desses meios ainda poderá agilizar e trazer coerência para a tomada de decisão na DPMT”, opinou.
Para o defensor que atua em Rondonópolis, Jardel Mendonça, a reunião foi muito proveitosa e com sugestões de uso de ferramentas de controle de prioridades e tarefas, algumas das quais ele se disse favorável.
“Acho que todo aprimoramento em termos de tecnologia é válido, pois aproxima a DPMT dos modelos de gestão privado mais eficientes. Sob o ponto de vista da segurança institucional, evita fraudes e sob o ponto de vista do cidadão, amplia o acesso à Defensoria e ao sistema de justiça como todo”.
Participaram da reunião também, os integrantes da gestão, o primeiro subdefensor público-geral, Rogério Freitas, a segunda subdefensora pública-geral, Maria Cecília da Cunha, o secretário executivo, Clodoaldo Queiroz e membros dos diversos núcleos da Defensoria Pública de Mato Grosso. A equipe da Diretoria de Governança Digital e Inovação (DGDI) também participou da reunião e fará uso das propostas apresentadas para programar ferramentas que agregem tecnologia à prática jurídica adotada na DPMT.
