Na semana do dia 18 de maio, conhecida como a Semana do Combate ao Abuso e à Exploração Sexual contra Crianças e Adolescentes, popularmente chamada de "Faça Bonito", a Defensoria Pública de Mato Grosso realizou palestras para conscientização sobre o tema em algumas escolas estaduais.
A defensora pública Cleide Regina, que ministrou as palestras, abordou a necessidade de combater o abuso e a exploração sexual de crianças e adolescentes nas escolas Dr. Estevão Alves Corrêa, em Cuiabá, e Nossa Senhora de Fátima, em Araputanga. Aproximadamente 800 alunos, entre 10 e 17 anos, participaram das palestras.
"Um dos eixos mais importantes do Estatuto da Criança e do Adolescente é a defesa dos seus direitos. Por isso, a DPMT foi até onde os adolescentes se encontram, que são as escolas, para tratar de um assunto tão sensível que, ainda hoje, em 2024, acontece: o abuso e a exploração sexual de crianças e adolescentes", disse a defensora palestrante.
O dia 18 de maio é o Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual Infantil no Brasil. Segundo o site da organização Maio Laranja, a cada hora, três crianças são abusadas no país, sendo que 51% delas têm entre 1 e 5 anos de idade. "Somente com conhecimento, quando tratamos do assunto, podemos identificar onde ainda existem essas violações. Por isso, é importante que a Defensoria vá até as escolas", concluiu Cleide.
De acordo com Gabriela Rayane Morais da Silva, psicóloga da Escola Estadual Dr. Estevão Alves Corrêa, em Cuiabá, é de grande importância que os alunos entendam e falem sobre o assunto. "Falamos sobre a campanha do dia 18 de maio e, então, pensamos junto com a gestão escolar que poderíamos ir além das construções dos murais e das impressões de folders", ressalta a psicóloga ao lembrar da importância das palestras para os alunos.
As palestras visam levar conhecimento aos alunos para que eles possam identificar e combater atitudes abusivas. O abuso sexual é compreendido como qualquer ato sexual ou erótico cometido contra uma criança ou adolescente. A Defensoria Pública presta um serviço essencial no atendimento inicial, dando suporte às demandas que envolvem os direitos específicos ou gerais da criança e do adolescente em situação de vulnerabilidade.
Todo abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes é crime e deve ser denunciado pelo número de telefone 100.
