Dos 49 exames de DNA feitos no mutirão “Meu Pai Tem Nome”, entregues na manhã deste sábado (19/8), em Cuiabá, 36 deram positivo. Ao receber o documento, o cabeleireiro Antônio Luis Lira dos Reis, 53 anos, teve a comprovação biológica de que Íres de Oliveira Silva, 32 anos, a quem criou, é de fato, sua filha. O evento é organizado pelo Conselho Nacional das Defensoras e Defensores Públicos (Condege), via Defensorias Públicas, em todo país e em 11 comarcas de Mato Grosso.
“Eu a criei como pai, desde que nasceu. Mas, como estive apenas uma única vez com a mãe dela, eu tinha dúvidas. Sempre quis fazer o exame, mas era muito caro, difícil. Há algum tempo, custava R$ 5 mil. Agora, com o exame gratuito, resolvi fazer. Mesmo que desse negativo, nada mudaria, ela continuaria sendo minha filha, porém, esclarecer oficialmente a dúvida é importante”.
Para Íres, no entanto, a dúvida do pai deixou um buraco em sua Certidão de Nascimento, que ela não estava feliz em manter no documento do filho.
“Ele sempre me criou como filha, com guarda compartilhada, me sustentou, mas não me registrava e isso me fazia falta. Não ter o nome do pai na minha certidão e do avô, na do meu filho, me fazia falta. Tenho um irmão, por parte de pai, muito presente na vida do meu filho e conversei em casa, sobre como seria, se desse negativo. Mas, meu filho disse, meu tio sempre será meu tio, mãe. Porém, deu tudo certo e estou muito feliz”, comemorou.