Encontro Nacional de Tecnologia e Inovação debate problemas e soluções específicas para Defensorias Públicas do país

Na quinta-feira (14/9) encerrou o terceiro dia do Encontro Nacional de Tecnologia e Inovação das Defensorias Públicas (Enastic), na Defensoria Pública de São Paulo. A defensora pública-geral de Mato Grosso, Luziane Castro, o secretário executivo, Clodoaldo Queiroz, e três servidores da CTI, o coordenador, Felipe Cunha, e os servidores Tiago Paludo e Renan Silveira participaram e avaliaram o impacto positivo do encontro. 

Luziane ressaltou a possibilidade ímpar de participar do evento, feito especificamente para as Defensorias Públicas, o que possibilitou a troca de informações tecnológicas e de inovação na área jurídica, para o público do órgão. 

“Os órgãos de Justiça estão passando por grandes avanços nesse setor e, participar de eventos como esses, nos conecta às tendências para que possamos implementá-las em nossa instituição. Esse é um de nossos grandes desafios para os próximos anos. O evento nos possibilitou a troca de experiências, além da construção de cenários para a DP. O Enastic, em especial, foi de grande importância por ser um evento para as Defensorias, onde pudemos comungar das nossas dificuldades e desafios”.

Durante o evento, Queiroz colaborou com um dos Painéis informando sobre a recente informatização do órgão, a partir de 2019, quando atuou como defensor público-geral. Ele explicou que, a mudança ocorrida desde então, é uma prova do uso da teoria do desenvolvimento exponencial, aplicada na prática: A DPMT saiu do uso exclusivo do papel para o desenvolvimento de sistemas informatizados e automatizados, num curto período de tempo. 

“Nós, em Mato Grosso, passamos pelo processo de crescimento exponencial, que foi tratado aqui em teoria, ao sair de uma situação em que tudo era feito sem nenhum tipo de sistema, tudo no papel, estávamos no zero e isso nos obrigou a dar saltos. Nos assustamos com a situação em que nos encontrávamos quando começamos a ver tudo que nos cercava e o que nos esperava. Rapidamente passamos pelo processo de digitalização, depois  pela automação, com a troca de todos os equipamentos de nosso parque, e hoje, após quatro anos, estamos em nuvem e trabalhando com desenvolvimento, situação que naquela época, nem imaginávamos viver”, disse.

Para os servidores da DPMT, o que mais chamou atenção no evento foi o fortalecimento da integração colaborativa no desenvolvimento de novas tecnologias, para acompanhar os outros órgãos do país e o mercado de trabalho. “Verificamos que todas as Defensorias desejam evoluir em  projetos com inteligência artificial disponível atualmente para atender às novas demandas que venham surgir nos nossos órgãos”. 

O coordenador da CTI afirma que participar de encontros é necessário e importante para expandir conhecimentos e estabelecer redes de contatos. “O Enastic proporcionou a troca de experiência e o alinhamento de futuros trabalhos em equipes, cujos objetivos são diminuir o tempo de resolução de projetos em comum, nas áreas de inteligência artificial, computação em nuvem, internet via satélite e análise das regras de negócio que acelerem os trabalhos em nossos estados”. 

 O evento organizou palestras, mesas redondas e painéis com reflexões sobre inovações e implementação de novas e eficazes metodologias de trabalho. Além disso, foram debatidos temas relacionados às principais ferramentas tecnológicas, capazes de acelerar a transformação digital nas Defensorias Públicas do Brasil.

O encontro foi transmitido pelo canal do Judiciário Exponencial (J.Ex), ao vivo, que organizou o evento em parceria com a Defensoria de São Paulo. Entre os palestrantes estiveram defensores, defensoras e especialistas em diversas áreas de tecnologia e inovação para o setor público, com foco em desafios na gestão de TI, automação, interoperabilidade, ética no uso da inteligência artificial no direito e o papel das escolas na aceleração da transformação digital nas Defensorias. 

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