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REPRESENTATIVIDADE


Quadro de servidores da Defensoria Pública é majoritariamente feminino

A instituição é comandada por uma mulher e 60,4% do efetivo de colaboradores é de mulheres, incluindo defensoras públicas, servidoras e estagiárias

Por Janaiara Soares
08 de de 2024 - 13:29
Bruno Cidade/Barbara Argôlo Quadro de servidores da Defensoria Pública é majoritariamente feminino


Comandada por uma mulher, a Defensoria Pública de Mato Grosso é majoritariamente feminina em seu quadro de servidores. Dos 1.342 colaboradores da instituição, 809 são mulheres. Hoje quem administra a instituição é a defensora pública Luziane Castro, mulher, mãe e defensora pública-geral responsável por levar o órgão para todas as comarcas do estado em sua gestão. 

"Nós gostaríamos de externar nosso profundo agradecimento a todas as mulheres defensoras, servidoras e estagiarias que fazem acontecer todos os dias a nossa instituição, desde o atendimento, no acolhimento, na limpeza, em todas as áreas. Nós mulheres fazemos toda a diferença nesse atendimento diário, no cuidado, no carinho e principalmente no profissionalismo", afirma a defensora. 

Dos 212 defensores públicos que atuam em todo o estado, 85 são mulheres. Servidoras são 341 dos 573 contratados e efetivos e dos 557 estagiários, 384 são mulheres. "A Defensoria Pública é uma instituição que valoriza muito o trabalho feminino, somos hoje maioria na nossa instituição", ressalta Luziane. 

Na defesa dos direitos das mulheres, a atuação da Defensoria pode ocorrer em diversas temáticas, tais como, no atendimento às mulheres em situação de rua, às mulheres encarceradas e no enfrentamento à violência doméstica e familiar, bem como à violência obstétrica.

Em 2023 foram atendidos 6.339 casos de violência contra a mulher no Núcleo de Defesa da Mulher (Nudem). Coordenadora da unidade, a defensora pública Rosana Leite lembra que a luta da mulher não é recente e que precisa de mais atenção do poder público, tendo em vista o grande número de vítimas de violência. 

Ela lembra que a data de 8 de março é referência desde 1911, quando a feminista Clara Zetken fez menção a importância da mulher na sociedade. Apenas em 1970 a Organização das Nações Unidas (ONU) declarou a data como Dia Internacional das Mulheres e Rosana lembra, que mesmo hoje, as mulheres sofrem com a falta de credibilidade em suas ações e palavras. 

"Que os direitos humanos das mulheres possam ser cumpridos na integralidade. Que haja muito respeito, muita empatia às mulheres e que a sociedade de fato possa dar crédito à palavra das mulheres. As estatísticas estão a nos mostrar quantas violências nós sofremos. Não há necessidade de vídeos, de áudios gravando a violência que as mulheres sofrem dentro e fora de casa. O maior desafio que nós temos hoje em dia é que a sociedade de fato dê crédito à palavra das mulheres".