O Comitê para Análise de Feminicídios definiu que a pesquisa com família e amigos das mulheres assassinadas por questão de gênero será entregue no mês das mulheres, março de 2024. O trabalho foi feito com base em mortes registradas de janeiro a maio de 2023 e apresentará diretrizes para que o Poder Público evite a ocorrência de novos casos.
Em reunião nesta quarta-feira (13.12), no Fórum de Cuiabá, também foi decidida a ampliação da pesquisa para todos os meses de 2023. O grupo de trabalho é formado por membros de instituições e órgãos autônomos como o Tribunal de Justiça, a Secretaria de Segurança Pública (Sesp), a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), a Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) e outros. O comitê foi criado em maio deste ano, por sugestão da Defensoria Pública de Mato Grosso, com foco na prevenção desse tipo de crime.
“A partir da entrada em vigor da Lei nº 11.340/2006, a Maria da Penha, a violência doméstica, familiar e contra a mulher dentro de casa não é mais responsabilidade apenas das famílias, mas também do Poder Público. Se esses crimes estão sendo registrados, o Poder Público é responsável por enfrentá-los e evitá-los. Os feminicídios são crimes anunciados, se são anunciados, podem ser evitados”, afirma a defensora pública, coordenadora do Núcleo da Defesa das Mulheres (Nudem) e integrante do Comitê, Rosana Leite.