“Queremos ouvir, ser uma Instituição que não dê espaço para qualquer tipo de discriminação. A Defensoria é múltipla, um espaço plural, aberto à discussão”, afirmou a defensora-geral.
Em 2021, a DPMT publicou a Resolução 140, reservando 20% das vagas em concursos públicos e seleções para negros (pardos, pretos e quilombolas) e 5% para indígenas.
“Nesses dois concursos em andamento, para servidores e defensores, as cotas já constam nos editais. Infelizmente, hoje a gente precisa desses instrumentos São necessários para que mais mulheres, mais negros possam ocupar esses espaços”, defendeu Luziane.
Silva afirmou que muitos casos de racismo ficam no anonimato, já que muitas pessoas ficam com receio de denunciar por medo de perder o emprego, por exemplo, quando o crime ocorre no ambiente de trabalho.
“Precisamos criar políticas para abrir portas e acabar com o racismo institucional. Com a política de cotas, estamos ocupando esses espaços de poder, estamos quebrando esses paradigmas. Isso que a Defensoria faz, de trazer militantes para debater, é importa para alertar. A impressão que temos é que a Defensoria está sempre de portas abertas. Acredito que isso pode ajudar a diminuir os caos de racismo”, elogiou.
O jornalista mencionou ainda que a população mais encarcerada, com menos acesso à internet, mais assassinada (a cada 23 minutos morre uma pessoa negra no país, segundo dados da ONU, de 2017) é a população negra, justamente a grande maioria do público atendido pela Defensoria Pública.