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FORMAÇÃO


14ª edição Projeto Farol capacita estagiários que atuam na DPEMT

Formação integrou noções de direitos humanos, papel institucional da Defensoria, práticas de acolhimento e condutas profissionais

Por Marcia Olivera
03 de de 2025 - 15:03
Josy Machado 14ª edição Projeto Farol capacita estagiários que atuam na DPEMT

Capacitação tratou das função da Defensoria, acolhimento e profissionalismo


A Defensoria Pública do Estado de Mato Grosso (DPEMT) promoveu, na tarde desta sexta-feira (3), a 14ª edição do Projeto Farol, iniciativa que promove formação e capacitação de recursos humanos da instituição. O foco dos trabalhos dessa vez foram 19 estagiários de nível médio, a maioria deles, com atuação no Acolhimento, unidade responsável por receber e fazer o primeiro contato com a população que busca atendimento no Núcleo Cível Integrado, no prédio Pantanal Business, em Cuiabá. 

Na abertura da capacitação, feita pela Coordenadoria Técnica de Assuntos Interdisciplinares (CTAI), os estagiários tiveram informações sobre a função constitucional da Defensoria Pública de Mato Grosso, qual o público atendido pelo órgão, qual profissional é responsável pela atividade fim e receberam noções de direitos humanos.

A atividade ocorreu na Escola Superior da Defensoria Pública (ESDEP). A analista psicóloga, Danielly Alves, explicou que todos os servidores e trabalhadores da Defensoria Pública representam o órgão ao prestarem qualquer tipo de atendimento no local. E que, para além da impessoalidade, eficiência, moralidade, urbanidade, também é exigido de todos, a capacidade de acolher. 

“As pessoas que buscam a Defensoria Pública para resolver seus problemas estão nas últimas esperanças, carregam uma série de problemas, carências e dificuldades e quando chegam no órgão, podem ter comportamentos de impaciência, podem estar exasperados, desesperançosos e trazer uma série de reclamações. Mas, não podemos tomar isso como algo pessoal, temos que saber que são vulneráveis e estão procurando acolhida. Não é nada contra nós, não é algo pessoal. Ter esse entendimento nos ajuda a dar o atendimento humanizado que eles precisam”, explicou.

Danielly ainda lembrou que pessoas em situação de rua, mulheres vítimas de violência doméstica, pessoas com deficiências e outros públicos já são naturalmente hostilizados e que ao buscar o órgão, precisam de afeto, acolhida e atendimento profissional. 

Profissionalismo - A capacitação foi feita em parceria com a Coordenadoria de Desenvolvimento e Qualidade de Vida (CDQV), que focou a capacitação em boas práticas de conduta no ambiente de trabalho, com ênfase em comunicação, postura profissional e desenvolvimento pessoal. A gerente de Desenvolvimento, Carolina Tabosa, a gerente de Qualidade de Vida, Flávia Costa e o analista psicólogo Giovanni Ferronato, sistematizaram orientações práticas sobre comunicação clara e respeitosa, respeito à hierarquia e aos fluxos institucionais, sigilo de informações, além de padrões de apresentação pessoal, pontualidade e assiduidade. 

Os participantes foram estimulados a buscar o desenvolvimento pessoal, a dividir grandes tarefas em etapas, ampliar o “olhar organizacional” e praticar empatia no atendimento a públicos diversos, elementos considerados essenciais para qualificar o acolhimento de pessoas em situação de vulnerabilidade e fortalecer o clima organizacional. 

Para o estagiário Arthur Lazarotto, 16 anos, a capacitação foi muito importante para aprender sobre todos os direitos que ele também tem na Defensoria. “O que a gente aprendeu aqui hoje ajuda de qualquer forma. Aqui, nós não só aprendemos com a Defensoria, mas também com os assistidos. Sempre que eles têm dúvida a gente tem que ajudá-los e saber os problemas deles para indicar a solução, nisso, aprendemos com eles”, disse. A defensora pública Fernanda Cícero também falou com os estagiários e os estimulou a focar nos estudos como forma de crescer, como pessoas e profissionais.