Ao todo, indígenas de 43 aldeias da região de Nova Nazaré, há 795 km de Cuiabá, serão atendidos nos 5 dias de mutirão.
O chefe da Coordenação Técnica Local da Funai de Água Boa 2 e responsável pela terra indígena Pimentel Barbosa, Francisco dos Santos Magalhães, é o tradutor oficial do idioma Xavante durante o mutirão. Chico, como é apelidado na região, acredita que “eventos como esse – o mutirão – deveriam acontecer a cada ano, porque é de suma importância”.
Para o chefe do CTL, que atua há 43 anos com indígenas, são eventos que são realizados trabalhos que levam cidadania a essas autoridades. “Nesse mutirão os indígenas vão poder ter acesso aos programas sociais, por exemplo, através da confecção de RG e CPF, título de eleitor. A Funai em parceira com municípios e a Defensoria, acompanhando, esses eventos, ajudam a solucionar problemas com documentos de muitos deles” destaca. Durante os dias de mutirão, uma população indígena é trazida ao local por ônibus cedido pela Secretaria Municipal de Educação de Nova Nazaré, recebendo atendimento e alimentação.
A defensora pública Janaína Osaki desencadeou a necessidade desse deslocamento da Defensoria Pública e parceiros para realizar os atendimentos. “Esses mutirões in loco são importantes por casos como os que vimos se repetir aqui, o de crianças sem registro de nascimento, tendo que fazer o registro tardio. Esses eram carentes, principalmente os indígenas, são muitas vezes esquecidos pelo estado, e esses atendimentos nós podemos ver a diferença que fazemos na vida delas, vividas elas em cidadãs”.