Adesão - “As Conferências Municipais são um importante espaço para debate das políticas públicas, governamentais e não governamentais, que envolvem crianças e adolescentes. Ficamos satisfeitos em receber o convite pois, além de poder compartilhar informações sobre a realidade desse público, na pandemia, o defensor tem um papel fundamental de apresentar à população os seus direitos e esclarecer, de forma orientadora, como podem acessá-los. Nosso papel é essencial e orientamos os que puderem a participar”, afirmou Luziane ao garantir apoio na divulgação.
Para que os defensores não percam as Conferências, o CEDCA disponibilizou um calendário com as datas e os municípios onde o evento ainda ocorrerá. “O defensor vive a realidade da cidade, conhece muito bem as necessidades da população, principalmente a população vulnerável que mais precisa da assistência pública e ficamos felizes pelo esforço do Conselho Estadual em nos convidar”, disse a defensora-geral.
Experiência - A defensora pública que atua na comarca de Várzea Grande, na Defesa da Criança e do Adolescente há 15 anos, Cleide Regina Nascimento, avalia que a participação nas conferências é uma via de mão dupla para defensores, pois tanto pode colaborar com a definição de prioridades, com base na realidade desse público, como pode aprofundar o conhecimento das demandas que chegam até o órgão.
Ela afirma que os problemas são aprofundados e expostos verbalmente pelas famílias e pelos adolescentes. A Educação, por exemplo, foi foco de reclamações tanto na oferta do número de vagas, como na ausência e precariedade da aprendizagem, no tempo em que ficaram sem aulas por causa do fechamento das escolas.
“Não só colaboramos com informações, como também entendemos melhor o nosso público. Há 15 anos participo e sou uma entusiasta do evento. Para que tenham uma ideia, em uma semana recebemos 50 pedidos de vagas para crianças de 0 a 5 anos, na rede pública de ensino. Oficiamos o Município e 22 vagas foram negadas. Isso, por si, já é grave. Mas, na Conferência, além da falta de vagas, os adolescentes e crianças nos solicitaram que precisam recuperar o que não aprenderam no período da pandemia”, disse Cleide.