Debates e reflexões sobre a atividade correicional e das Defensorias - O encontro também promoveu palestras sobre temas relevantes para a atuação das corregedorias. O juiz federal Dirley da Cunha abordou os "Limites e possibilidades constitucionais da atividade correicional do Estado", trazendo reflexões sobre a atuação das corregedorias no contexto jurídico e institucional.
Já a defensora pública Eveline Portela, da Especializada de Juizados Especiais, apresentou a palestra "A Força do Afeto", compartilhando suas experiências em círculos de construção de paz, oficinas de parentalidade e conjugalidade e comunicação não violenta.
Reflexões sobre o papel das corregedorias - Durante sua fala de boas-vindas aos presentes, a defensora pública geral da Bahia, Camila Canário, ressaltou o caráter pedagógico das corregedorias: "O objetivo das corregedorias jamais deve ser meramente punitivo, mas principalmente pedagógico. Algo que nós podemos e devemos fazer em prol dessa instituição é fortalecer colégios como esse, para que possamos coletivamente buscar soluções propositivas."
O presidente do Conselho Nacional de Corregedoras e Corregedores, Marcelo Turela de Almeida, destacou a relevância da troca de experiências: "Nós do Conselho Nacional de Corregedores e Corregedoras estamos muito contentes de sermos recebidos aqui na Bahia, estado da alegria que possui uma Defensoria super forte, atuante e que realmente se interessa pelas pessoas vulneráveis. A nossa reunião é de integração, de troca de ideias e discussões sobre o futuro da Defensoria Pública."
A corregedora-geral da DPE/BA, Janaina Canário, reforçou a necessidade de prevenção e orientação na atuação correicional: "Compreendo que hoje a principal missão do corregedor não se limita à fiscalização. A prevenção deve ser nossa maior ferramenta. Orientar, acompanhar e estar próximo das defensoras e dos defensores nos permite evitar falhas e reduzir a necessidade de medidas punitivas."
E a ouvidora-geral da DPE/BA, Naira Gomes, destacou a importância do diálogo entre as corregedorias e os demais setores da Defensoria Pública: "Eu trago aqui a missão de falar sobre a capacidade de nós construirmos pontes e diálogos férteis. Com respeito às atribuições, quero chamar para um compromisso do entendimento da possibilidade de diálogo e uma construção coletiva entre os dois órgãos."
O evento segue até esta sexta-feira, 28, também no auditório da Esdep com reuniões internas.