Deficiência - Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) e do Banco Mundial revelam que mais de 1 bilhão de pessoas vivem com algum tipo de deficiência no mundo, número que representa cerca de 15% da população global, apresentou Tais. “Esse número faz com que as pessoas com deficiência sejam reconhecidas como a maior minoria do planeta, mas, ao mesmo tempo, também uma das mais marginalizadas, já que enfrentam barreiras sociais, econômicas e físicas para exercer plenamente seus direitos”, disse.
A palestrante explicou que existem as deficiências visíveis e as invisíveis. As visíveis, possibilitam que as pessoas identifiquem e reconheçam a pessoa com deficiência e entre elas estão as motoras, as visuais e as mentais que deixam impressões físicas. Mas, alertou que as invisíveis existem e são menos reconhecidas, tanto pelo portador, quanto pelas outras pessoas, o que deixa a vida dessas pessoas muito mais difícil.
Entre as doenças invisíveis estão a surdez leve e moderada, a cegueira leve e moderada, problemas neurológicos como epilepsia, esclerose múltipla, Parkinson em fases iniciais; deficiências psicossociais decorrentes de transtornos mentais graves e persistentes (como esquizofrenia, transtorno bipolar) e doenças crônicas incapacitantes como fibromialgia, lúpus, doença de Crohn, entre outras, que podem gerar limitações não vistas e por isso, não reconhecidas.
Mercado – A superintendente explicou que apesar dos avanços legais, a inclusão de pessoas com deficiência no mercado de trabalho ainda enfrenta grandes desafios. Ela afirma que o preconceito e os estigmas reduzem o olhar sobre as competências e que a falta de acessibilidade arquitetônica, tecnológica e comunicacional, além das contratações feitas apenas para o cumprimento da Lei de Cotas, impedem que os deficientes tenham condições reais de desenvolvimento e competitividade.
“Para resolvermos esses problemas, as ações têm que começar de cima, por pessoas que decidem a política das empresas e entidades. Falta qualificação para os profissionais que recrutam, os ambientes organizacionais não são inclusivos e, temos que lembrar que a vulnerabilidade socioeconômica atinge boa parte desse público, que é carente. Isso demonstra que a verdadeira inclusão depende não só de lei, mas de uma mudança cultural e estrutural nas organizações”, concluiu e abriu para pergunta dos presentes.
O encontro foi na sala 82 do edifício Pantanal Business e transmitido ao vivo pelo YouTube. A iniciativa integra o Programa Você (Não) é Todo Mundo, reafirmando o compromisso do órgão com a promoção de um ambiente de trabalho mais justo, igualitário e acessível a todos.