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SETEMBRO AMARELO


Defensoria Pública atua como aliada na busca por tratamentos para saúde mental

Ao invés de recorrer ao judiciário, os cidadãos podem se beneficiar de uma orientação prática que lhes forneça informações sobre como obter atendimento psicossocial

Por Djhuliana Mundel
18 de de 2024 - 13:48
Defensoria Pública atua como aliada na busca por tratamentos para saúde mental


O direito à saúde mental é um assunto que ainda está em desenvolvimento no contexto jurídico. Enquanto o conceito de saúde já está bastante consolidado, a saúde mental e o direito à saúde mental ainda necessitam de maior reconhecimento e fortalecimento dentro do Direito. 

Neste mês de setembro, durante a campanha Setembro Amarelo, dedicado à conscientização sobre a prevenção do suicídio e à promoção da saúde mental, se destaca a importante atuação da Defensoria Pública do Estado de Mato Grosso (DPEMT) em relação à saúde mental de suas assistidas e dos seus assistidos.  

Com essa proposta, a instituição criou, em 2023, o Subgrupo de Atuação em Saúde Mental (SGAEDIC Saúde Mental), com o objetivo de promover ações e estratégias relacionadas à saúde mental no âmbito do Grupo de Atuação Estratégico em Direitos Coletivos (GAEDIC – Saúde), visando contribuir para melhoria das políticas de saúde mental, a promoção do bem-estar psicossocial e a garantia dos direitos das pessoas em situação de vulnerabilidade nessa área. 

Composto por defensores públicos, psicólogos e assistentes sociais, o SGAEDIC Saúde Mental tem a atribuição de analisar e propor ações e políticas relacionadas à saúde mental, realizar estudos e pesquisas pertinentes à saúde mental para embasar tomadas de decisão, acompanhar a implementação de medidas e programas relacionados a saúde mental no âmbito das deliberações em saúde e promover articulação com órgãos e entidades ligados à saúde mental para fortalecer parcerias e ações conjuntas. 

“Por meio do SGAEDIC Saúde Mental, nós propomos e sugerimos estratégias e políticas para direcionar o trabalho interno da Defensoria, chamando a atenção para esse assunto, amplificando a discussão do tema”, explicou Sirlene Guimarães Ribeiro, psicóloga membra do subgrupo de saúde mental, que coordena a Assessoria Técnica de Assuntos Interdisciplinares (ATAI) da DPEMT. 

As demandas relacionadas à saúde mental entram na Defensoria de duas formas: através da própria pessoa com transtorno mental que busca a DPEMT, ou através de familiar da pessoa com transtorno mental. No primeiro caso, se julgar necessário, o defensor que está atendendo pode solicitar apoio da ATAI para o atendimento conjunto. 

Muitas pessoas enfrentam dificuldades ao tentar acessar serviços de saúde mental, seja por falta de informação, dificuldade em navegar pelo sistema de saúde ou até mesmo preconceitos associados a esses atendimentos. Nesses casos, o que realmente se faz necessário é uma orientação clara e acessível sobre como acessar esses serviços. A Defensoria Pública oferece esse suporte, ajudando os indivíduos a entender seus direitos e os caminhos disponíveis para obter o atendimento necessário. 

Ao invés de recorrer ao judiciário, onde os processos podem ser longos e estressantes, os cidadãos podem se beneficiar de uma orientação prática que forneça informações sobre como se dirigir a centros de atenção psicossocial ou outros recursos disponíveis na comunidade. Isso não só desonera o sistema judiciário, mas também promove uma abordagem mais eficaz e humana para a saúde mental. 

“Além disso, possuímos um protocolo de atuação em direitos humanos e atenção psicossocial em saúde mental, álcool e outras drogas para defensoras e defensores públicos e equipes técnicas da Defensoria Pública, elaborado pelo Conselho Nacional de Defensoras e Defensores Públicos-Gerais (Condege), com contribuição da DPEMT, que contém orientações a serem utilizadas para atuação no fortalecimento da rede de atenção psicossocial; em casos individuais de pedidos de internação; e orientações sobre fiscalização em instituições de acolhimento ou internação”, explicou Sirlene. 

Portanto, é fundamental que as pessoas saibam que a busca por atendimento psicossocial pode ser feita de maneira direta e que a Defensoria Pública está à disposição para oferecer a orientação necessária, ajudando a facilitar o acesso a esses serviços de forma adequada e eficiente.