A delegada Judá Maali, titular da Delegacia Especializada de Defesa da Mulher de Cuiabá (DEDM) que também participou da discussão, enfatizou a relevância da troca de experiências entre os órgãos da rede de enfrentamento à violência contra a mulher. “Essa roda de conversa foi extremamente salutar porque permitiu que toda a rede estivesse presente para discutir os desafios que enfrentamos diariamente. Além disso, conseguimos definir estratégias conjuntas para melhorar a atuação ao longo deste ano”, pontual.
A defensora pública Zanah Carrijo, que atua diretamente na defesa da mulher, reforçou a necessidade de manter o debate constante. “Precisamos falar sobre isso sempre, não apenas em março. No entanto, este mês traz mais visibilidade para o tema, e precisamos aproveitar essa oportunidade para engajar ainda mais a sociedade”, destacou.
O diretor da Escola Superior da Defensoria Pública, Paulo Marquezine, colocou uma instituição à disposição para contribuir com o fortalecimento das políticas públicas para as mulheres. “A Esdep está sempre aberta para debater temas fundamentais como a defesa dos direitos das mulheres e contribuir com a formação de profissionais para esse atendimento”, afirmou.
A deputada federal Gisela Simona ressaltou a necessidade de ampliar ações de prevenção para reduzir os índices de feminicídio no estado. “Precisamos trabalhar não só para punir as feminicidas, mas também investir em políticas de prevenção, que evitem o aumento da violência e protejam as mulheres antes que o pior aconteça. Mato Grosso é o segundo estado do país com maior número de feminicídios, e precisamos agir para mudar essa realidade”, alertou.
O evento também contou com a participação de mulheres que atuam como multiplicadoras na Baixada Cuiabana, ampliando o impacto das ações e levando informação sobre direitos e proteção para diferentes comunidades. Estiveram apresenta representantes do Poder Judiciário, Assembleia Legislativa, Ministério Público e Governo do Estado.