Presença no Xingu reforça compromisso da Defensoria com os povos indígenas

A defensora pública-geral do Estado de Mato Grosso, Luziane Castro, participou no final de semana do tradicional ritual do Kuarup, na aldeia Kamaiurá, no Parque Indígena do Xingu, 1.100 km de Cuiabá. A convite das lideranças locais, Luziane esteve presente acompanhando de perto as cerimônias, danças, cantos e ritos que homenageiam os mortos ilustres das comunidades indígenas. A visita serviu para estreitar laços e garantir a prestação de serviços do órgão, no local, num futuro próximo. 

O Kuarup é um dos rituais mais importantes para os povos do Xingu e carrega uma profunda simbologia de luto, memória, força e resistência. Realizado anualmente por diversas etnias da região, o evento reúne centenas de indígenas que celebram a partida de seus entes queridos por meio de troncos esculpidos, conhecidos como kuarup, além de cânticos tradicionais, danças e a luta ritual do huka-huka.

“Foi uma experiência arrebatadora. Nós saímos daqui com uma visão completamente diferente da realidade deles, dos problemas vivenciados por eles. Aqui pudemos dialogar, conhecer um pouco da vida que levam e estarmos mais próximos das lideranças. Ter a Defensoria Pública aqui, nesse momento, é muito simbólico para a nossa instituição. Precisamos seguir em parceria, ouvindo, tendo essa escuta ativa e nos voltando para os que mais precisam. Foi uma experiência riquíssima”, disse Luziane. 

A defensora pública-geral reforçou o valor do convite recebido e a oportunidade de participar do rito mais importante para os 16 povos indígenas do Xingu. “Esse evento, essa festa, tem uma simbologia incrível de energia, de força, de resistência, de luto e ficamos muito felizes em poder participar”.

Luziane agradeceu ao prefeito do município de Gaúcha do Norte, Ari do Prado, e à primeira-dama, Maura Prado, que, junto com as lideranças indígenas, formalizaram o convite à Defensoria Pública. Ela ressaltou que esse gesto de aproximação institucional abre portas para novas frentes de atuação no território. 

“A Defensoria Pública já estuda ações de atendimento futuro na aldeia Kamaiurá e também no próprio município de Gaúcha do Norte, com o objetivo de levar orientação jurídica, cidadania e garantir os direitos fundamentais dos povos originários”, informou Luziane.  

Da visita também participaram a segunda subdefensora pública-geral, Maria Cecília da Cunha e o secretário executivo, defensor público Clodoaldo Queiroz.