Nesta quinta-feira (27), os servidores da Defensoria Pública do Estado de Mato Grosso (DPEMT), em Cuiabá, participaram da 15ª edição do Projeto Farol, que visa levar formação e capacitação para todos que atuam na instituição. Com palestras da defensora pública Kelly Christina Monteiro e da presidente da Associação de Materiais Recicláveis e Reutilizáveis Mato Grosso Sustentável (Asmats), Cidinha Nascimento, os servidores debateram acerca de práticas sustentáveis e direitos socioambientais.
“Hoje nosso objetivo principal é apresentar para os servidores da Defensoria Pública o trabalho dos catadores de materiais recicláveis que atuam em parceria com o Grupo de Atuação Estratégica em Direitos Coletivos (Gaedic). São esses profissionais que têm todo o conhecimento para falar sobre as questões ambientais e também os males das mudanças climáticas sofridas pela classe. Queremos mostrar a necessidade de debater sobre responsabilidade socioambiental, e a Defensoria Pública busca se inserir neste contexto”, afirma Kelly Monteiro, que também é coordenadora do Gaedic Catadores.
Durante sua palestra, Cidinha Nascimento contou sua trajetória de vida, desde quando começou a atuar com materiais recicláveis, até sua formação acadêmica como assistente social e agora atuando como presidente da Asmats. Ela fez questão de lembrar aos participantes que a defesa do meio ambiente começa dentro de casa, no momento em que o morador separa corretamente o lixo dos materiais que vão para a reciclagem.
“É uma honra estar aqui na Defensoria falando com os defensores e os servidores. Eu fico honrada por ser uma catadora de material reciclável e ter a oportunidade de vim aqui falar sobre a minha experiência. Falar sobre educação ambiental é falar de sustentabilidade na área dos resíduos e a importância de cuidar do meio ambiente”, afirma Cidinha.
Inspirado na simbologia do farol, que ilumina e orienta os navegantes em meio ao mar agitado e suas incertezas, o Projeto Farol busca capacitar os profissionais que atuam na Defensoria Pública para que eles possam oferecer um atendimento mais acolhedor e resolutivo. Nesta edição, a proposta foi o de discutir temas que englobam a justiça climática, socioambiental e cuidados com os materiais recicláveis.
“Foi muito interessante ouvir o depoimento da Cidinha. Eu nunca tive contato com os profissionais que atuam com materiais recicláveis, portanto, ouvir suas vivências foi importante para compreender o papel que esses trabalhadores possuem na luta pela justiça ambiental, uma luta que é do mundo inteiro”, disse o analista psicólogo da DPEMT, Giovani Ferronato.
“Hoje estamos plantando uma semente, não só para que os nossos servidores mudem suas atitudes dentro de casa, mas que comecem a realizar ações aqui mesmo na nossa instituição. São mudanças que começam com a destinação do papel, do copo, e vão para outras ações maiores que anda estão por vir”, afirma a coordenadora de convênios da Defensoria Pública e presidente da Comissão Socioambiental, Larissa Ferreira.
