Nesta quinta e sexta-feira (30), servidores da Defensoria Pública do Estado de Mato Grosso (DPEMT) participam do curso de linguagem simples, com o objetivo de aprimorar as técnicas de comunicação com o público interno e externo da instituição. Ministrado pelas palestrantes Josiane Dalmagro e Janaína Taques, o curso aborda conceitos técnicos e práticos de situações do dia a dia da Defensoria Pública.
“É importante utilizar a linguagem simples porque o cidadão que busca o serviço público tem o direito de entender a comunicação que está sendo utilizada. A Defensoria, o Tribunal de Justiça e todos os órgãos públicos devem utilizar a linguagem simples para fazer com que o cidadão que busca o seu serviço se sinta acolhido. O assistido quer exercer o seu direito e é importante que a instituição leve a comunicação até ele de forma acessível”, afirma Janaína.
A política da linguagem simples foi adotada pela Defensoria Pública de Mato Grosso em 2024 por meio da Resolução nº 9/2024. A Resolução reconhece que a linguagem utilizada em documentos oficiais e comunicações pode, muitas vezes, ser uma barreira para a compreensão dos direitos e deveres dos cidadãos. Por isso, a política de linguagem simples surge como uma resposta para eliminar essa dificuldade, garantindo que as informações sejam apresentadas de maneira clara, objetiva e sem excessiva formalidade.
Para a defensora pública e coordenadora do Grupo de Atuação Estratégica em Direitos Coletivos (Gaedic) em atenção aos Catadores de Materiais Recicláveis, Kelly Christina Monteiro, a utilização da linguagem simples no dia a dia da atuação dos servidores é essencial, afinal, a DPEMT é o local onde a população vulnerável vem buscar ajuda e acolhimento.
“Esse curso é de extrema importância para nós que realizamos os atendimentos voltados aos catadores de materiais recicláveis, pois eles têm muitas dificuldades para acessar os nossos serviços, dificuldade que vão além da questão financeira, geográfica e sociável, mas chegam na dificuldade em se expressar e compreender o que é passado pelos nossos servidores no momento em que eles estão sendo atendidos. A linguagem simples veio pra tornar a nossa comunicação mais acessível e resumida para que a gente possa levar o conhecimento até eles”, afirma Kelly Monteiro.
